Foi publicada hoje na HH Magazine: humanidades em rede a resenha “Arte e metafísica na filosofia de Nietzsche” escrita pelo Prof. Dr. Tiago Barros (IFRJ) sobre o livro A invenção da metafísica a partir da arte: perspectivas nietzschianas da Profa. Dra. Adriany Mendonça.
Segue um trecho da resenha.
“A crença fundamental dos metafísicos é a crença nas oposições de valores”, escreve Nietzsche na segunda seção de seu livro significativamente intitulado Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro, publicado em 1886. Pois, para ele, o pensamento metafísico sempre opera através de pares valorativos dicotômicos em que aquilo a que temos acesso imediato é desvalorizado em prol de idealizações: aparências X essências, sensações X racionalidade, corpo X alma, vida X morte, mundo X além, etc. Ou seja, trata-se de uma tentativa moralista de hierarquizar percepções e corrigir o plano imanente a partir de parâmetros transcendentes, em sua maioria, inatingíveis. Hierarquização que tem como consequência direta o constante sentimento de falta, defeito e inferioridade com relação ao que vivenciamos de modo mais direto e espontâneo cotidianamente. Diante desse panorama, surgem inevitáveis questionamentos a respeito de como teriam sido criados esses juízos morais que desvalorizam a vida, de que modo as pessoas foram persuadidas a adotá-los e por que seria mais interessante perceber a existência e agir de outro modo. Tais são alguns dos principais temas presentes no livro A invenção da metafísica a partir da arte: perspectivas nietzschianas, escrito pela professora de filosofia da UFRJ Adriany Ferreira de Mendonça.
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